quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Farta volúpia




Num corpo aveludado
de insinuantes curvas
moro.
Gracioso formato me envolve,
alva pele me veste.

De carnes arredondadas
e num curvilíneo contorno
minha figura se desenha.
Formosas formas, alegorias de uma Deusa,
Cheia,
Abundante,
Profusa.

Fartas delícias te hipnotizam,
seios ingentes e deslumbrantes, doces ninhos te afagam
Corpo fonte de libido, templo do teu prazer.

Pousada em seu leito,
deitada sobre seu tronco,
em sutil toque te encontro,
Num macio contato te entorpeço,
Minha silhueta te prende
aconchegante tálamo do deleite.

Desperto o teu profano
em movimentos certos, nunca falho, conheço suas vontades...

Desabrochando em prazer
ao longe, os ecos se confundem,
somos dois
fundidos,
Uno.
Única forma de amar que conhece.
Extravagante cobiça essa
A de amar
Uma tenra mulher macia.



Juliana Tokita.

Um comentário:

  1. Cheguei aqui meio por acaso e gostei do que encontrei. Aliás, tenho uma tese: mulheres macias assim geralmente são bonitas e beijam bem. As que escrevem, então, adquirem um charme irresistível aos olhos de certos homens. Em relação à autora, a fotinho do perfil confirma a primeira parte da tese. A segunda, não sei se é. Mas quanto a isso, sem forçar a rima, eu me apresento: meu nome é São Tomé.

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