segunda-feira, 12 de abril de 2010

Narrativa do eu



Sou um sujeito e tantos outros imersos num corpo que muda.
Um corpo que anda pela paisagem urbanóide cinza e caótica que teima em colocar uma plantinha no canto do escritório. E recicla o lixo.
Moro dentro de uma mente que não assenta nem se acalma, descanso navegando na web, lendo sobre desgraças e moda. Preciso de uma cafeteria twenty-four-seven.
Escolho, mesmo superando esta tão confrontante tarefa, mas depois des-escolho. Acho que não estava certo, são tantas as opções! O que fazer se gosto de literatura, mas queria trabalhar como chefe de cozinha?! Vou surfando em minha insegurança e faço terapia.
Fico triste em pensar que a MTV não é a mesma, minha cidade já tem trânsito e minha Coca-Cola hoje é Zero. Mas meu coração logo palpita quando ouço Creedence em meu novo Blackberry.
Eu mudo, eu renovo, corto o cabelo e recomeço de novo, uma nova vida! Isso até merece uma nova tatoo. Escolho uma outra trilha sonora e carrego meu IPod. Logo, logo vou enjoar mesmo, mas quando chegar a hora baixo um outro som no E-Mule.
O youtube do meu notebook mais parece uma torre de Babel, são tantos pops, rocks, clássicos, e desconhecidos-conhecidos que nem sei mais o que postar no meu Blog!
Sou um ser mutante, sou um sujeito des-centra-lizado. Sou eu, moderno em atitudes, arcaico em sentimentos, tradicional nas decisões, mas irreverente quanto à minha condição. Sou você, seu Big Brother. Sorria, pois estão te filmando, andróide, humano, pós-moderno.

Um comentário:

  1. assustada e feliz wm conhecer uma nova face sua.
    Voce escreve de forma maravilhosa!

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